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sábado, 4 de outubro de 2014

CHINA CRESCE 7,5%, ÍNDIA 4,4%, BRASIL... 3,3%

Pois é. O que é desenvolvimento? Na visão de alguns, com duas candidaturas à Presidência representando esse pensamento, desenvolvimento é aumentar o PIB.

Desenvolvimento  não seria a ampliação das escolhas das pessoas, a criação de um ambiente para que as pessoas gozem uma vida longa e saudável? Pode-se medir o avanço de uma população apenas pela sua dimensão econômica? E as questões sociais, culturais e políticas, onde ficam? O avanço de um povo não pode ser medido apenas pela sua dimensão econômica. Desenvolvimento abrange mais questões, que essa variável não pode responder.

Os de visão estritamente econômica dizem que o Brasil tem "crescimento pífio", um"pibinho". Mas não dizem que tem as menores taxas de desemprego do mundo. Que a política econômica adotada nos permitiu passar incólume pela grande crise de 2008, que derrubou muitos países. Alguns não se reergueram.

Há um indicador que se contrapõe ao PIB: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Enquanto o PIB considera apenas o desenvolvimento econômico, o IDH, o desenvolvimento humano, a qualidade de vida. Nosso IDH tem tido crescimento maior que a média mundial. Hoje está em 0,744 (quanto mais perto de 1, melhor). Média mundial: 0,74. Índia: 0,586, pior índice entre os países do BRICS. Cresce apenas economicamente. Pela metodologia das Nações Unidas, o Brasil é considerado um país de alto desenvolvimento humano (alcançado em 2006).

Junto a isso, a expectativa de vida do brasileiro aumentou para 73,9 anos (71 em 2002). Índia: 66,4 anos. Isso diz respeito a fatores humanos, não econômicos.

Mesmo com o "pibinho", nosso PIB per capita é de US$ 12.160. Na índia: US$ 3.978. A variação do nosso "pibinho" em 2013 "foi só" 2,3%. O que não é dito: foi maior que os da Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália, Austrália, Canadá e Estados Unidos, por exemplo. Índia cresce economicamente mais que Brasil neste ano. E daí?

Mas há um índice (o mais importante):o GINI. É um parâmetro internacional  para medir a desigualdade de distribuição de renda. Varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do zero, menor é a desigualdade de renda, melhor a distribuição de renda num país. O Índice de Gini do Brasil vem melhorando e hoje é de 0,495. Em 2002 era 0,5874. Em 1995, 0,5987.
De acordo com relatório da ONU, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, com redução de 75% do número de brasileiros considerados em situação de subalimentação. Na Índia ha mais de 100 milhões na pobreza, sem programa para redução.

Claro, sempre existe relação com a economia. Para se tirar pessoas da miséria, pobreza, colocar pobres nas universidades, fornecer médicos para a população são necessários gastos. Por exemplo, sair do FMI contribuiu, e muito, para melhorar a vida dos brasileiros. As reservas internacionais, US$ 375milhões (US$ 37 milhões em 2002) nos dá altivez e autoridade diante do mundo. O campo de ação dos especuladores é diminuído. Ainda, com menos poder de fogo, manipulam as bolsas para assustar, em função de pesquisas eleitorais. Querem voltar ao passado, quando rolavam de ganhar dinheiro especulando. Temos uma dívida externa de 81,4% das reservas (557% em 2002).  Situação que nos permite não ficar de joelhos diante dos EUA, Banco Mundial e FMI, como nos tempos de Armínio Fraga e André Lara Rezende comandando a economia brasileira.

Em tempos de eleições cobram-se soluções imediatas. A questão é: o Brasil está melhorando a vida de sua população, a educação, a saúde, a punição a corruptos? Não estamos mais na época em que ou piorava, ou estacionava.


Afora questões éticas, até por questões de crença cristã, temos que priorizar o humano em vez do econômico. E não votar por ódio, direcionado pelos interesses econômicos.

No jornal: 
http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=60639&Not=CHINA%20CRESCE%207,5%,%20%C3%8DNDIA%204,4%,%20%20BRASIL...%203,3%

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