A melhor imagem que
achei para representar cada um de determinado grupo de pessoas diante da situação por que passamos foi esta, que tirei
do Charlie Hebdo (sem o balãozinho), que corre na internet. Vale pra homem e
mulher:
O cara se dispõe, subserviente, é ferrado, e ainda
pede desculpa.
A posição de quatro,
ou de gatinhas, tem uma agravante: a pessoa só enxerga o chão, ou o
travesseiro. No ouvido, vai o que lhe mandam pensar ou dizer.
Vemos na internet
postagens desanimadoras dessas pessoas. Não mudam, não percebem a realidade,
não se flagram como manipulados. Orgulho, ou burriquice mesmo?
O Pré-Sal está sendo
dado para os norte-americanos. O Banco do Brasil está se desfazendo de ativos,
a Petrobrás vendendo 51% do filão que é a BR Distribuidora, vem aí a
privatização da administração dos fundos de pensão (os “indignados” do BB não
perceberam ainda).
Cunha continua
mandando no governo. Tem “duzentos deputados pra sustentar” (à nossa custa).
Prisão? Manifestações? Nem pensar! Os subservientes de gatinhas estão apenas olhando o
travesseiro, ou o chão.
A Saúde está sendo
privatizada. Multas aplicadas às operadoras de planos e seguros de saúde estão
sendo perdoadas. Também as aplicadas às operadoras de telefonia e internet.
Mordomias absurdas para o Judiciário, despesas criadas no Congresso para
beneficiar os apaniguados. As denúncias de desvios na Petrobrás durante o
governo FHC, solenemente ignoradas. O processo do Metrolão, que já deu
condenação na Suécia, continua nas gavetas. Mensalão do PSDB com teias de aranha.
Vem aí a flexibilização
da CLT, desmonte da universidade pública, privatização de áreas estratégicas,
enfraquecimento das garantias democráticas.
A mulher de Cunha não
ser presa (onde é mesmo o endereço dela?), apesar de ter movimentado em sua conta dinheiro da corrupção,
não importa. Importa é o impeachment. O fato de o MPF ter mandado arquivar
processo contra Dilma por NÃO TER HAVIDO CRIME, o fato de ela não ter qualquer
envolvimento com corrupção, estar sendo julgada por senadores investigados por
crime, ter como relator o maior “pedalador” do Brasil também não importa. Os
que estão atrás do subserviente de quatro e não aparecem na imagem acima
mandaram só pedir o impeachment. Com muito ódio.
Jucá, Renan e Sarney
confessam, de própria voz, a realização de ações para barrar a Lava-Jato. Aécio
é citado mais de 20 vezes em delações e Jucá fala na gravação do “esquema do
Aécio”. Nada acontece. Os de quatro nem percebem.
Gilmar Mendes diz que a
Lei da Ficha Limpa foi feita por bêbados, e o Supremo libera os fichas-sujas
para se candidatarem. Gilmar defende seus parceiros, é atendido. Vai tirar a
condenação do ficha-suja Temer? Silêncio!
O negócio é festejar
a investigação em cima de Lula. Até agora nada foi encontrado. Se for, que se
puna. Cunha estar solto? Ora, ora! Ele não presta, é ladrão, mas...
Não é preciso a mídia
dizer que o PT traiu seus eleitores. Qualquer
um sabe disso. Mas se deixar levar no apoio raivoso ao impeachment de uma pessoa sem qualquer mácula por causa do partido, e colocar bandidos e condenados no poder é inconcebível.
Para curar o País, a
primeira coisa a fazer é manifestação contra o Judiciário parcial. Quando o
Judiciário pune todos bandidos o país funciona. Quando os protege, é o caos.
Quanto o alto Judiciário é corrupto, não há saída se não for combatido.
Não é pra ficar com
raiva dos pobres subservientes na sua postura de quatro. É pra ficar com dó. Conhece
algum, leitor? Eu, vários.
Pulitzer foi
profético: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta
formará um público tão vil como ela mesma”.