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terça-feira, 30 de setembro de 2014

UM SÉCULO PARA CADA LADO

No final do dia, gosto de caminhar pela praia central de Balneário Camboriú, acompanhando solidariamente a tarde que, aos poucos, prepara a chegada da "noite com seus sortilégios"(Manuel Bandeira). E assim deixo o tempo passar, curtindo o movimento constante das ondas, sempre iguais e singulares, como aprendemos com os estudos sobre os fractais.

Me divirto vendo os jovens nativos jogando futebol na areia. E se dedicam à peleja como se disputassem uma copa! Assim os times vão se alternando no campo improvisado. Só é possível essa interação amistosa entre os vários times, identificados pela cor das camisas, porque há um processo democrático que organiza a alternância dos times no campo.

Meu pensamento viaja e me pego pensando que a alternância no poder é constitutivo da democracia. No Brasil, os mesmos grupos políticos ficaram no poder, fazendo o seu jogo, por 112 anos, ou seja, deste 1889 quando foi decretada a república. Como dizia Darcy Ribeiro, um dos gênios de nossa raça, essa elite não fracassou em seu projeto para o Brasil. Na verdade, teve sucesso, pois seu projeto era concentrar a riqueza, ainda que mantendo na miséria grande parte da população. Os mesmos times ganharam o jogo de goleada durante mais de um século. Quem ousou romper com esse ciclo de dominação foi João Goulart. Apesar de ser filho de latifundiários, acreditou que poderíamos mudar o estilo de jogo para termos um país mais justo. Deu no que deu…

Finalmente, consegue entrar em campo um time de trabalhadores que, às custas de ter que armar jogadas inspiradas em Doutor Fausto, transformou o país para melhor em apenas 12 anos, para alegria da galera da geral. É pouco tempo para o muito que precisa ser feito. É pouco tempo para consolidar projetos e processos que não interessam aos tradicionais grupos de influência e poder. É preciso preparar novos jogadores: muitos craques são corruptos; muitos honestos e bem intencionados pisam na bola.

O PT não precisa de 100 anos, mas merece sim nosso apoio para ficar no governo mais tempo, enquanto se desenvolvem novas lideranças com discursos contemporâneos como Luciana Genro e Eduardo Jorge, por exemplo.

Não tenho nada contra a Marina. Mas tenho muito a favor da Dilma.

Não tenho medo que a Marina ganhe. Tenho medo sim que a Dilma perca, pois o Brasil irá perder. Já chega a derrota de 7 a 1...

É BOM SABER... OU LEMBRAR -6

A dupla do Supremo, Gilmar e Marco Aurélio, a toda.

- Aurélio indeferiu pedido para rastrear contas em paraísos fiscais de envolvidos no Cartel do Metrô. Também pediu arquivamento de processo contra secretários de Alckmin, acusados de participar do esquema.

- Mendes, quando a votação estava 6 a 1 contra financiamento de pessoas jurídicas a candidatos, pediu vistas do processo.  Essa proibição prejudica seu grupo político. Não tem prazo pra "vistas". Também foi voto vencido pra liberar a candidatura do ficha-sugíssima Maluf). Mendes disse que o tribunal não tem preparo (só ele tem).





domingo, 28 de setembro de 2014

SOBRE CRASE E LINGUIÇA

Texto do Artur Roman publicado originalmente no Facebook https://www.facebook.com/artur.roman.54/posts/10153222405926982 ). Quem ler até o final vai ter um grande proveito.

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Há 25 anos, me dedico a estudar textos administrativos escritos de empresas. E tenho desenvolvido modelos redacionais que facilitam a produção de textos dirigidos a leitores que têm pressa, muitos textos para ler e pouco tempo para isso.
Acho interessante que invariavelmente recebo de empresas pedidos de “cursos de gramática”. Argumento que a mera explicitação das regras da gramática normativa não garante proficiência redacional e menos ainda eficácia comunicativa.
Explico que errar uma crase não é tão grave quanto uma pontuação inadequada. Muitos erros de concordância passam despercebidos. Já, um erro ortográfico compromete a estética do texto e desqualifica o redator e a empresa a quem representa. Frases longas, confusas, na ordem indireta, fazem mais estrago no cotidiano das empresas do que a eventual falta de um acento em uma palavra.
Meu objetivo, dentre outros, é deserotizar a nomenclatura gramatical e valorizar a aplicação das regras intrínsecas à língua, especialmente na organização sintática das ideias no texto.
Reconheço, porém, que temos um fascínio por nomenclaturas, não só do arsenal teórico de nossa língua, mas também de outras áreas do conhecimento. E ficamos seduzidos ao ouvir gramaticistas, advogados, palestrantes, médicos, economistas...apresentarem discursos enfeitados com conceitos sofisticados, ainda que não entendamos patavina do que está sendo dito.
Um dia desses, um amigo, tentando justificar seu apoio à Marina, ao seu projeto político caleidoscópico e às suas propostas econômicas neoliberais afinadas com os interesses dos EUA, desfiou uma série de expressões do economês.
Ouvindo meu amigo e percebendo sua insegurança na defesa de algo em que, no fundo, não acreditava, pensei: para milhões de brasileiros beneficiados pela política econômica inclusiva do governo do PT, não faz sentido discutir índices de crescimento do PIB, o comportamento dos preços das ações na bolsa, Dívida Pública Mobiliária Federal, balanço de pagamento, etc. Tampouco fazem sentido expressões como blue chips, IPO, C-BOND, circuit breaker, day trader, mercado de swaps... itens da gramática de um modelo econômico financeirizado que desestabilizou as potências econômicas do mundo.
Para esses milhões de trabalhadores resgatados da invisibilidade social, é importante ter uma "carteira profissional assinada", comer melhor, encontrar um médico no posto de saúde, morar em sua própria casa. E, quem sabe, até comprar um carro para estacionar nas vagas dos shoppings que sempre foram ocupadas apenas pelos únicos beneficiados pelas políticas econômicas anteriores ao governo do PT e que, certamente, sabem que toda proparoxítona é acentuada.
A direita quer o poder de volta. As pessoas que fazem parte do grupo que manda no Brasil há 500 anos provavelmente sabem alguma das muitas regras de concordância nominal, mas não sabem fazer oposição. Só sabem mandar e têm dificuldade de aceitar que os leitores preferem textos com frases curtas na ordem direta. Esse grupo, que distribui seu apoio entre os dois principais candidatos da “oposição”, não suporta a ideia de que é possível começar uma frase com o pronome oblíquo, tampouco que é possível fazer um governo que distribua melhor a riqueza e os produtos culturais entre todos os brasileiros.
Sei que amigos meus ilustrados sabem analisar sintaticamente os versos do Hino Nacional, mas não querem (ou não conseguem) compreender porque temos o menor índice de desemprego deste 2002, com um PIB abaixo de 1%. É preciso mudar a gramática, ou seja, o modelo mental.
Não tenho nada contra a Marina. Mas tenho muito a favor da Dilma.
Não tenho medo que a Marina ganhe. Tenho medo sim que a Dilma perca, pois o Brasil irá perder muito. E de pouco vai adiantar saber que linguiça não tem trema, pois ela poderá voltar a faltar na mesa de muitos brasileiros…

DISSEMINAR A IGNORÂNCIA

"Até onde se pode perceber por seu depoimento, talvez a presidente Dilma não vivesse na ignorância."

Trecho da reportagem da Veja sobre Paulo Roberto Costa, delator do esquema de corrupção que ele dirigia na Petrobrás. Costa trabalhava na empresa desde 1978. Assumiu cargos de direção a partir de 1995, por FHC. Foi demitido em 2014 por Dilma quando veio à tona o trambique. Na suposta lista, constam também políticos de partidos da oposição, como o PSDB e o DEM (ex-Arena, ex-PFL). Disso a revista não fala. Nadinha, mas coloca um TALVEZ na presidente.

Esse é um pequeno exemplo de como a publicação manipula informações e, com muita competência, conduz seus leitores ao que ela quer. O verbo PERCEBER e o advérbio TALVEZ na frase inicial foram cuidadosamente colocados. As "acusações" contra a presidente, de participar do esquema, ficam registradas e as redes sociais recheadas de "indignações" odiosas. Esse é o padrão da revista. Uma ofensa camuflada aos seus leitores. E não percebida. Usa de artifícios para não se comprometer, como "segundo fontes médicas", "fontes dos serviços de segurança", "funcionários que não podem se identificar", "especialistas" (o preferido), etc.

Quando Joaquim Barbosa foi nomeado para o STF, a revista caiu de pau. Depois que ele virou o "herói" do mensalão, deu-lhe capa e colocou-o no altar. Também deu página amarela para o megacorrupto José Roberto Arruda. Seria o vice de Serra. "Vote em um careca e ganhe dois", anunciava o candidato. Depois, quando não tinha mais jeito, tirou-o da pauta. Por falar em pauta, as gravações que incriminam o blindado pela justiça Carlinhos Cachoeira mostram-no pautando a Veja: onde e quando publicar determinada reportagem, sempre atacando desafetos e promovendo companheiros (como Arruda e Demóstenes).

A edição nº 1969 da revista estampou uma negra, pobre, na capa: "Ela pode decidir a eleição". “Nordestina, 27 anos, educação média, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. Isso é muito maldoso. Estimula o preconceito social. Infelizmente, consegue isso. Ainda que esteja perdendo leitores, que estão percebendo o direcionamento que lhes é dado para pensar, votar, falar mal de uns, falar bem de outros. Achando que estão bem informados e com pensamento próprio.

Perdendo leitores, mas com um vínculo estreito com o governo peessedebista de São Paulo. Pelo contrato 15/00275/13/04, o governo paulista comprou 5.200 assinaturas da Veja, destinadas ÀS ESCOLAS (??) da rede estadual. Tem também milhares de assinaturas de outra publicação da Abril, além da Folha e do Estadão. Os leitores esperam o que dessa aliança?  Imparcialidade? Ainda mais que a presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Maria Judith Brito declarou, sem acanhamento, que os meios de comunicação são um partido de  oposição. Dá pra confiar? Dª Judith sabe que os leitores não vão saber dessa declaração. Não vai ser publicada pelos jornais e revistas participantes do "partido de oposição". Nem o Inquérito Civil No. 249/2009, movido pelo MP de São Paulo para apurar contrato irregular com a Editora Abril para fornecimento de assinaturas de suas revistas. Repousa nas gavetas dos tribunais.

Para compreender a linha seguida pela Veja, basta uma pesquisa sobre uma de suas donas (supostamente com participação no limite permitido pela lei para empresas estrangeiras), a Naspers (televisão, internet, revistas, jornais, livros em vários países do mundo), esteio do apartheid na África do Sul. A Exame, em 23.06.14, informou que a Naspers perdeu US$113 milhões na participação que tem na Abril/Veja. O despertar dos leitores está levando a isso.

O seu público, que se sente informado, lança ingenuamente suas "críticas". Criticar não é apontar defeitos ou "descer a lenha".  Para isso, é preciso não aceitar afirmações sem saber no que está fundamentada, tanto quanto ao conteúdo quanto à origem delas.

Não se deixe subjugar por quem, com subterfúgios, defende interesses contrários ao País.


Direto no jornal: 
http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=60468&Not=Disseminar%20a%20ignor%C3%A2nciaNotID=60468&Not=Disseminar%20a%20ignor%C3%A2ncia 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O BRASIL E O VATICANO

O Vaticano é um Estado dos mais corruptos do mundo. Afora relações com a Máfia e a abominável pedofilia. Até o início dos anos 2000, nada aparecia. Depois começou a aparecer, mas tudo era abafado, principalmente por João Paulo, até ser esquecido. O Papa Francisco parou com o acobertamento e deixou escancarar tudo. Pra fazer uma limpeza. Está demitindo e até botando os batinas na Justiça terrena.

É difícil, mas o Papa luta por isso. 

Para o senso comum a corrupção começou quando Francisco tomou posse. Afinal, foi quando começou a aparecer a podridão. Se a turma do João Paulo e Bento voltarem, a corrupção some (debaixo do tapete). Não vai mais ser vista.


O Vaticano de hoje é o Brasil de 2003. A partir daí é que tiraram as amarras da PF e as coisas começaram a aparecer. Sem "Engavetador Geral da União". Parece que não tinha havido corrupção antes.


O que diferencia Vaticano e Brasil quanto a isso é que os corruptos de lá (pelo menos parece) não têm mais influência no alto judiciário.

Que não façam com Francisco o que estão fazendo com Dilma e Lula.



É BOM SABER... OU LEMBRAR - 5


As ações de Petrobrás subiram. As de bancos também. E os urubus e "especialistas"  trombeteando que a economia está no buraco. Os estrangeiros estão tomando o porre comprando ações baratas quando a mídia assusta os especuladores nacionais. 


Dilma sobe, bolsa desce? É mesmo? Vão ficar manipulando isso até quando? 

Falando em descer, Aécio perde em três estados importantes governados pelo PSDB: Paraná (3º), São Paulo (3º) e Minas (2º), onde foi governador. Neste caso, "quem conhece... NÃO vota". 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

É BOM SABER... OU LEMBRAR-4

A imprensa brasileira, para terrorismo político, faz os especuladores brasileiros venderem ações na bolsa. Dizem: "A Dilma sobe, a bolsa desce". E o povo cai nessa.


Enquanto isso, os estrangeiros, que sabem que a bolsa brasileira é forte, estão aproveitando e comprando. Ganhando muito. A bolsa está com recorde de dinheiro de fora.



terça-feira, 23 de setembro de 2014

BOM SABER... OU LEMBRAR - 3

No mínimo estranho o fato de pastores de igrejas figurarem entre os mais ricos do País. A Forbes listou seis deles, brasileiros, que ficaram milionários. 

Qual a fonte de renda deles? Doações. Mas as doações não seriam para a igreja? Por que um pregador fica com esse dinheiro? 

Depois seus filhos, que não são pastores, herdarão a riqueza que foi dada para a igreja?

Entram na política pra quê?


domingo, 21 de setembro de 2014

ESTÁ FÁCIL VOTAR PARA PRESIDENTE

Fácil, pois os candidatos não se confundem.
Começando com corrupção, é ingenuidade crer que ela começou no Brasil em 2002.  E corrupção é corrupção, independentemente do tamanho. Celso de Mello, ao chamar o julgamento da AP470 (Mensalão) de "maior caso de corrupção da história do Brasil" esqueceu(??) de acrescentar a palavra JULGADO. Claro que foi o maior. Afinal, os outros nunca foram julgados. No governo do PSDB, afora o prejuízo das privatizações (o dinheiro das "vendas" sumiu, perdemos as estatais e a dívida externa aumentou), houve, entre muitos outros escândalos:  Sudam(214 milhões), Anões do Orçamento (800 milhões), TRT (SP), 923 milhões, Banco Marka (1,8 bilhões), Vampiros da Saúde (2,4 bilhões), Banestado (42 bilhões). Pra quem gosta de ranking ou publica a frase de Mello, o Mensalão é fichinha: 55 milhões. Todos deveriam ser julgados e punidos. Só se combate corrupção com Justiça que funcione, mas ela é seletiva, assim como a indignação da população.
Vamos a fatos relativos aos principais candidatos.
Aécio é a volta à política já adotada nos oito anos de governo de FHC: subordinação aos EUA, adesão à Alca, não intervenção do Estado nas atividades privadas (mas deu muito dinheiro para bancos não quebrarem), salários baixos,  privatizações (até de escolas). Para isso, o governo FHC enfraqueceu as universidades federais e  não construiu NENHUMA (Lula construiu 14).  Aécio, para dar a certeza de mudança para o passado, exibe seu Ministro da Fazenda: Armínio Fraga, o funcionário do maior especulador do mundo, George Soros. Fraga, em seu trabalho quando presidente do Banco Central de FHC, chegou a elevar os juros a 45%. A política econômica tinha total dependência para com os especuladores internacionais e era tocada nos moldes exigidos pelo FMI.
Dilma é a continuidade e incremento do que já fez e vem fazendo. Não vota nela quem não gosta de ver um milhão de pobres nas universidades;  médico atendendo populações miseráveis de forma humana e responsável; redução da fome em 50% (segundo a ONU, o Brasil é modelo no combate à fome); emprego já quase pleno, mesmo num mundo com a economia abalada; população humilde com casa pra morar. Em 2013, a taxa de desemprego foi de 7,4%, contra 28,17% em 2002. Juros 11% (ainda alta) em 2014, 25% em 2002. Isso movimenta a economia e depende da política econômica que o governo adota. Especulador não gosta dessas coisas não!
Marina, candidata pela "providência divina", 27 anos de PT (foi ministra de Lula), candidata do PV à Presidência em 2010, não criminaliza a homofobia, quer "autonomia" do Banco Central (hoje tem autonomia operacional).  Quando candidata em 2010 era contra. O regime do BC influencia o dia a dia de cada família. Desde 2008, o mundo passa pela maior crise depois da de 1929. O Brasil, com a política econômica adotada, passou incólume. Banco Central tem que estar articulado com o  governo para combater os efeitos de crises. Tem que ser independente é do mercado. Ela quer "flexibilizar" o Pré-sal, que, como está,  vai injetar cerca de 400 bilhões para a educação, por exigência legal. Segundo o inquestionável Wikileaks (documentado), Serra, quando candidato, para ter apoio dos EUA, prometeu alterar as regras do Pré-sal em favor dos norte-americanos. Hoje, os EUA apoiam Marina.
FHC, Lula, Dilma e Marina não são corruptos, porém têm corruptos em seu redor. Mas qual deles já promoveu ações para combater a corrupção? Qual fechou os olhos? A Polícia Federal, manietada, fez 48 operações nos oito anos de governo do PSDB e, liberada, fez 2.226 no governo do PT. Itamar Franco, em seu curto governo, criou a Comissão Especial de Investigação, composta por representantes da sociedade civil, para combater a elevada corrupção no Brasil. Quando FHC assumiu, uma das primeiras providências foi extingui-la.
Não se vota movido por ódio. Ainda mais quando ele é imposto por manipuladores. Vote por convicção, não por preferência. Valorize seu voto, se informe e pesquise as coisas em várias fontes. No Brasil, os grandes meios de comunicação são um partido de oposição. Sem qualquer constrangimento, Maria Judith Brito, da Folha de São Paulo, quando presidente da Associação Nacional dos Jornais, declarou: "[Os] meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada."
Afinal, quem os especuladores internacionais e nacionais, banqueiros, grandes empresários, os grandes sonegadores de impostos apoiam?

Não vote em branco ou nulo. Isso diminui o número de votos válidos e facilita a eleição de quem você não gosta. Em vez disso, vote em Eduardo Jorge ou Luciana Genro. Não chegam ao poder, mas quebram barreiras. Protesto muito válido.

Direto no jornal:
http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=60264&Not=Est%C3%A1%20f%C3%A1cil%20votar%20para%20presidente

sábado, 20 de setembro de 2014

BOM SABER... OU LEMBRAR - 2

O governo de FHC financiou, pelo BNDES,  obras em Cuba e na Venezuela chavista.

Construção e exportação de produtos brasileiros. Bom para o Brasil. Faz crescer os empregos e a economia daqui.

Também trouxe médicos cubanos para atenderem em lugares aonde médicos brasileiros não queriam ir. 

O PSDB dissemina o ódio cego e conta com a memória curta dos brasileiros diplomados. Quando perceberão que estão sendo enganados?

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

BOM SABER... OU LEMBRAR

Aloysio Nunes, vice de Aécio, aquele que agrediu o jornalista Rodrigo Grassi por ter-lhe perguntado sobre o escândalo do Metrô em São Paulo (nas gavetas dos tribunais), tem, porém, alguma coisa boa: foi guerrilheiro da ALN. 

Era o motorista do Marighella.Aloysio cuidava do volante, Marighella ficava com as mãos livres para as armas. José Serra era do movimento guerrilheiro Ação Popular (junto com Betinho). Dilma era da VAL-Palmares. Todos eles foram condenados. Serra e Aloísio conseguiram fugir. Dilma não.


Notaram que chamaram a Dilma de terrorista, assassina, etc., por ter lutado contra a ditadura militar, mas calam-se sobre Serra e Aloysio
?. E o rebanho acompanha.

domingo, 14 de setembro de 2014

"IH! PERDI MEU VOTO!"

Essa expressão é comum quando o candidato votado não se elegeu. Mas o que é voto perdido?

Eu não votei no Collor, por exemplo. Então, ganhei meu voto. Não perdi voto em nenhuma das vezes em que votei nos últimos 30 anos, mesmo que alguns não tenham sido eleitos. Os que ganharam, honraram meu voto. Muitos dos que ganharam sem mim envergonham a instituição que representam e os seus eleitores. 

 
Perde o voto quem elege corruptos. E reelege, como aconteceu com os deputados envolvidos até o pescoço no caso dos Diários Secretos, na Assembleia do Paraná.

 
Perde o voto quem deixa de votar por convicção e se deixa dirigir por grupos que defendem seus próprios interesses.


É legítimo que haja representantes de empresários, agropecuaristas, trabalhadores em geral, professores, pequenos empresários, evangélicos, católicos, etc. no Congresso, assembleias, nos governos municipais, estaduais e federal. Mas como, por exemplo, Maluf (entre muitos outros) é deputado? Elegeu-se com os votos do grupo a que pertence? Não! Também com os de pessoas humildes, ou pobres, ou escolarizados analfabetos funcionais. Elegeram um deputado que trabalha CONTRA eles.

 
Com as composições do Congresso nas últimas décadas, não se consegue, por exemplo, reforma política e tributária. E os candidatos à Presidência prometem que as farão. Como? O Congresso não deixa! Por isso, Dilma tentou fazer um plebiscito, de forma a conseguir que  o Legislativo trabalhasse nisso. Foi metralhada pela grande imprensa, pelos políticos, pela população manipulada pela grande mídia e a tentativa não vingou. Agora tenta de novo.


E a tributação maior para milionários? Não sai. São favorecidos nas leis votadas no Congresso, cujos membros eles financiam. Renda é bem pouco taxada no Brasil. Quem mais contribui para custear os serviços públicos são os pobres e a classe média. O imposto indireto, que incide sobre o produto e não sobre a renda, predomina. Sempre pago pelo consumidor, nem sempre recolhido pelo vendedor.

 
No caso do Marco Civil,  as organizações da sociedade civil (tão temidas pelos políticos e imprensa) conseguiram pressionar para a aprovação. Felizmente. Até se disse que era autoritarismo, comunismo, etc. Falou que é comunismo, pronto! Muitos já se desesperam. Não sabem da total impossibilidade de se implantar esse regime no Brasil. Tanto pela composição do Congresso, quanto pelos militares, que têm o dever de defender a Constituição. Muitos pensam que um presidente da república pode decretar mudança de regime. Santa inocência!


Para se conseguir alguma coisa que beneficie a população é sempre utilizada a chamada negociação. Ou negocia, ou não sai. Alianças para se governar, infelizmente, são necessárias. FHC governou com o DEM (ex-Arena), Lula e Dilma com o PMDB (ex-MDB). Só que há coisas que, sem pressão popular, não vão sair.


Uma amostra da composição do Congresso: o Paraná tem 30 deputados federais: 16 empresários (53%), 1 administrador, 1 agricultor, 2 agropecuaristas, 1 analista de sistema, 1 bacharel em direito, 1 bancário, 1 comerciante, 1 contador, 2 economistas, 1 enfermeira, 1 médico, 1 registrador de imóveis. Na Câmara federal há 206  empresários (40%). (Estadão-31.01.11). Bom lembrar que os deputados empresários não foram eleitos só por empresários
.

Mesmo com os problemas, pode-se observar que não se fala da eleição de deputados e senadores. E o Congresso e as Assembleias precisam melhorar muito. Mas o foco é em quem vai ser presidente ou governador. Quando se escolhe um candidato ao Executivo, é preciso escolher para o Congresso alguém bom que comungue das mesmas ideias do escolhido para governante.  Dessa forma, haverá equilíbrio entre situação e oposição.
 
Como se perde um precioso voto: alguns o vendem, outros seguem o que os especuladores determinam.  Em troca, recebem chumbo grosso. 


Poucas vezes o voto valeu tanto quanto nestas eleições.


Direto no jornal: http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=60057&Not=

domingo, 7 de setembro de 2014

BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO

Vá com Deus, meu filho!”. Assim o pai, meu amigo, se despediu de seu filho enquanto o caixão descia no túmulo. Ainda tenho comigo a imagem dessa triste despedida.

O rapaz, estudante em Curitiba, estava com amigos num bar da Rua 24 horas depois da aula, conversando, rindo. Foi abordado por seguranças fardados, não se sabe por que, e o levaram para uma “salinha” para conversar. Dali a pouco, um estampido. Mataram o rapaz: “A arma disparou acidentalmente”. Por que a arma, por que a abordagem?


Para o criminoso ser preso, o pai teve até que recorrer a pessoas influentes. Não sei o destino do assassino. Meu amigo  morreu pouco tempo depois. 


Hoje são comuns manchetes como “Policial mata inocente por engano”. “Inocente é morto por sargento da PM durante perseguição em Contagem”. “PM mata inocente e intruja maconha tentando justificar o homicídio”. Misturam-se bandidos e inocentes.


Uma simples suspeita pode levar à morte. Como isso acontece todos os dias, presume-se que não se aplica a justiça nos assassinos. O senso comum de que bandido bom é bandido morto alimenta essas ações.


Aplausos quando se pune sem observar direitos humanos e legais são um estímulo a essas ocorrências desastrosas. Fundamental pensar que a vítima pode ser um filho nosso, como aconteceu com meu amigo. Afinal, bandido é aquele que o matador autorizado "julga" e "pensa" que é.


Aplausos quando se pisa na lei para condenar também estimulam isso. Aconteceu recentemente quando elevaram Joaquim Barbosa a paladino da justiça. JB fez, pela primeira vez, acontecerem condenações a políticos, o que é elogiável, mas tomou decisões inaceitáveis (por exemplo, não separou julgamento dos que não tinham direito a foro privilegiado no Mensalão do PT, mas separou dos do Mensalão do PSDB. Manteve Dirceu em regime fechado, mesmo tendo sido julgado para semiaberto, etc.). Não defendo criminosos. Defendo a Justiça.


A revista Consultor Jurídico fala de JB. Até a leitura de decisão preparada por sua assessoria ele ia bem. Quando os colegas ministros questionavam algo, a coisa virava. Agressões e grosserias apareciam. Sem respostas aos questionamentos, relia o parecer, sem contemplar a resposta solicitada. Os assessores depois levavam chumbo por não preverem as perguntas que poderiam ser feitas em plenário.


Quem ousou criticar o ministro levou vaias.  Suas ações erradas foram aplaudidas, como se aplaude a polícia quando mata alguém indevidamente. Sem pensar que qualquer um de nós pode ter um processo e ser julgado por alguém que age como Barbosa. Hoje os políticos, amanhã nós próprios.


Poucos questionam o fato de não se julgarem processos como o Mensalão do DEM, o Mensalão do PSDB, o Escândalo do Metrô em São Paulo (que já foi julgado no exterior e aqui, nada). O que importa é os odiados (ou que a mídia manda odiar) estarem na cadeia, não interessa como.


Os defensores do “bandido bom é bandido morto” não incluem no "bom é morto" os protegidos Maluf, Cachoeira, Dantas, Arruda, Demóstenes. Por que não?


Alguém se lembra da Cláudia, arrastada pela rua, do Amarildo, do processo contra Collor (parado 4 anos na gaveta de Carmem Lúcia. Falsidade ideológica já prescreveu), do skinhead condenado a 26 anos por homicídio triplamente qualificado, que entrou com recurso e vai responder em liberdade? 


Estamos perdendo a capacidade de nos chocar. Desde as atrocidades da ditadura militar até a crueldade atualmente praticada por bandidos, policiais despreparados, o trânsito violento, a brutalidade, a corrupção autorizada. Tudo isso ficou comum. 


Falta pensamento crítico, que leva à generalização de que todos os que pertencem a uma determinada instituição, classe ou categoria são malandros, ou pedófilos, ou dinheiristas, ou corruptos, ou assassinos, etc.. Isso nos esvazia, nos faz votar mal e ter atitudes similares às que condenamos. 

Direto no jornal:http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=59759&Not=Bandido%20bom%20%C3%A9%20bandido%20morto!