- Darcy Ribeiro
disse: “Fracassei em tudo o que tentei na vida. [...]Mas os fracassos são
minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”. Estendendo:
detestaria estar do lado dos políticos e empresários corruptos que patrocinaram
o impeachment e do lado de quem os apoiou.
- Quem assistiu à reunião da Câmara e apoiava o
impeachment, se tiver um pouquinho de respeito por si próprio, ficou com
vergonha de ver quem são seus companheiros de “batalha”.
- As planilhas da Odebrecht assustaram... os
políticos. Elas dão os nomes de quem
pegou dinheiro ilegalmente. Dilma não está na lista. Aécio, sim. E trocentos
deputados federais. Ou votavam pró-impeachment,
ou a Lava Jato continuaria e os pegaria. Surtiu efeito. Ah sim! O MP se
manifestou contra delação premiada dos executivos da Odebrecht.(?????)
- “Deus derruba a presidenta do Brasil. Deputados
justificam seus votos em Deus, na moralidade e na família: o motivo real da
votação é esquecido”. (manchete do El País). Pelo jeito, o PT comprou toda
imprensa estrangeira de renome. Para governos e mídia da Europa, o Brasil teve
um golpe, e ainda dizem que não entendem como bandidos podem julgar alguém que
não tem qualquer acusação de corrupção. Percebe-se claramente que esses governos
e essa mídia da atrasada Europa foram comprados. O Brasil é gozação no mundo todo pela postura
inacreditável dos deputados. Que vergonha aquilo! Só estrangeiro que vê isso?
- Uma pessoa que apoia Bolsonaro, o que é seu
direito, ou é alienada ou mau-caráter, como ele. O sujeito agride mulheres e as
minorias. Homenagear um torturador mostra sua falta de dignidade. Seus
seguidores são melhores do que ele? São 8% dos eleitores.
- Pior do que o nível baixo dos ridículos
deputados brasileiros, demonstrado em suas manifestações, é quem os apoia. Quem
fica do lado deles. Não gostar de Dilma,
do seu governo (também não gosto), não autoriza a pedir seu impeachment. É
preciso respeitar a lei, ter respeito consigo próprio, ter ética.
- Se Dilma vai ser impedida por pedaladas (que não
são crimes de responsabilidade, segundo juristas de respeito), que não lhe
trouxe qualquer benefício, Temer também tem que ser. Ele também assinou.
- Logo que assumir (eu acredito que vai haver
golpe, sim), Temer nomeia o Fraga como Ministro da Fazenda, ou outro da mesma
laia, para satisfazer os especuladores estrangeiros, e pede “sacrifícios” à
população para “sanar os problemas que Dilma deixou”. Daí ele paga a conta a
seus patrões e financiadores da campanha pró-impeachment, o povo que não seja
da elite econômica paga o prejuízo, e fica espumando contra a Dilma. Temer morre
de rir.
- Moro foi o juiz da ação sobre a megacorrupção do
Banestado. Pois é. Ninguém foi punido. Ninguém foi preso. Não havia ninguém do
PT. Agora, o herói dos incautos prende e arrebenta. Por que será?
- “Dilma prostituta!”, “Cunha, te amo!”,
“Tiririca, te amo!”, “Cunha, meu malvado preferido!”, “Bolsonaro 2018”.
Cartazes e gritos que vi e ouvi domingo. O que Dilma fez pra ser xingada assim?
Não ouvi xingamentos para Cunha e sua quadrilha. Olhem o nível baixíssimo das
pessoas. Aposto que muitos viram e
ouviram isso.
- Faz tempo foi pedido ao Supremo o afastamento do
Cunha por estar atrapalhando a Comissão de Ética no julgamento dele,
manipulando o regimento, mudando regras. Lewandowski,o pusilânime, não põe na
pauta do Senado. Agora, Cunha anuncia que a Câmara vai ficar parada até o
Senado decidir sobre o impeachment. Deita e rola com a proteção do Judiciário
podre, do MP podre e de parte da população podre.
- O Brasil está parado. Culpa da presidente, ou do
Congresso, com dois presidentes envolvidos em corrupção, que bloqueiam todas
propostas dela, enquanto cria despesas para inviabilizar o governo? Se não
houvesse Cunha, o Brasil não estaria no buraco.
- Lula criou mais empregos do que prometeu, o
consumo aumentou para a classe de trabalhadores (a tal nova classe C), mas
ficou nisso. Não politizou as pessoas, não mudou estruturas podres. Ser
consumidor ficou mais importante que ser cidadão. E teve que se aliar ao que há
de pior na política para poder governar. Dilma demorou, mas cedeu, cedeu para a
corja, depois deram-lhe um chute. A “nova classe média” se sentiu poderosa e se
uniu aos ricos (Síndrome de Estocolmo).
E aí vamos.