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domingo, 14 de agosto de 2016

NEM DILMA, NEM TEMER. QUEM, ENTÃO?

Temer está se batendo pra manter o nariz fora da água pra respirar. Ele tem que cumprir o que prometeu aos patrocinadores do golpe, mas não quer que a população saia às ruas contra ele antes do impeachment se concretizar. Afinal, as medidas pra pagar a conta aos patrões é alta e penaliza os pobres, primeiro, classe média em segundo.

Gilmar Mendes, na condição de presidente do TSE já disse que o julgamento da ação contra Dilma (campanha de 2014) só sai em 2017. A defesa de Temer quer excluí-lo do processo, alegando que a campanha da Dilma não é a mesma dele (???). Gilmar pode até aceitar essa alegação vergonhosa, mas só em último caso, e desde que Temer siga direitinho as ordens. Os chefes dirão o que é pra fazer. 

Por que deixar pra 2017? Condenando Dilma e Temer ano que vem, o novo presidente seria eleito pelo Congresso. E isso é muito interessante para os patrões. Nomeariam quem quisessem. Gilmar é o instrumento pra isso. Já acostumado. Se houver condenação em 2016, haverá novas eleições. Isso não é interessante. 

Temer é ficha-suja, com condenação. Mas os tribunais superiores, se os chefes mandarem, dão um jeito nisso. Afinal, até Maluf, barrado por ser ficha-suja por um juiz concursado, acabou empossado por ordens superiores de juízes nomeados politicamente.

Dias atrás, o vociferante Celso de Mello, aquele que em seus votos cita a si próprio em decisões anteriores e colegas aposentados ou mortos, ignorando que o mundo mudou, mandou soltar um meliante que estava preso por ter sido condenado em segunda instância, como manda decisão do próprio STF. Lewandowski, aquele que só fala em ampliar suas mordomias, soltou outro. E a lei? Ora, a lei! Eles mandam e pronto! Os bandidos nem precisaram do Gilmar Mendes.

Nisso, o que surpreendeu foi Fachin ter mandado prender de novo aquele que Lewandoski havia soltado. Disse ele: "...seria importante o STF respeitar sua própria orientação". Fachin, respeitado e honesto, em sua primeira relatoria no STF foi derrotado fragorosamente. Não se impõe, mostra timidez. Finalmente resolveu enfrentar os colegas. Enfrentaria Gilmar Mendes? Ser bundão não significa ser desonesto, antiético.

A venda de ativos da Petrobrás e do Banco do Brasil, entrega gradativa do Pré-Sal, privatização dos grandes fundos de pensão (e daí, aposentados do BB?) não estão satisfazendo os patrões. As interferências na Lava-Jato, denunciadas sem alarde na imprensa pela Associação de Delegados da Polícia Federal e pelo procurador Dallagnol, a paralisação do pacote anticorrupção de Dilma, isso ainda é pouco.  Querem mais.

Em nota publicada nesta quinta (07), a Associação de Delegados da Polícia Federal criticou a mudança na equipe da Polícia Federal que realiza os trabalhos junto com Sérgio Moro. Após uma visita do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, alguns delegados da força-tarefa foram substituídos.

Ainda tem a liberação dos planos de saúde de pagar multas por descumprirem a lei, mais a transformação de multas às operadoras de telefonia e Internet em PROMESSA de investimentos, e o aumento de quase 3 vezes no déficit para 2016, para pagar despesas futuras (uma das faturas para os patrocinadores do impeachment). Cadê os "indignados"?

Parabéns para quem não está do lado dessa corja,  defendendo-a em passeatas e em postagens. Não se importando por corruptos declarados e denunciados estarem livres. Afinal a pressão dos patrocinadores do impeachment foi muito grande pela mídia e por jornalistas vendidos. Muitos acordaram, perceberam que foram manipulados. Muitos ainda não.

A História os condenará. 

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