" Os
Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão." Mit Romney, candidato
a presidente em 2012.
Os EUA adotam e pregam a doutrina do
"Destino Manifesto". É um pensamento que expressa a convicção que têm
de que eles foram eleitos por Deus para comandar o mundo, civilizar a América.
O expansionismo norte-americano é apenas o cumprimento dessa vontade divina.
Procuram que os cidadãos de outros
países passem a desprezar seus próprios países e adotem o ideal americano de
superioridade e progresso.
Eles, superiores,
com uma missão divina. Nós, brasileiros, ralé. Uma propaganda estadunidense do
século XIX já pregava: "Be strong while having slaves" (Seja forte
tendo escravos). No Brasil, eles conseguiram aplicar o Destino Manifesto por
muitos anos e essa doutrina ainda existe em parte da nossa população. Vê-se
muito desprezo ao nosso país nas redes sociais. Os EUA (os fortes) agradecem as
mensagens de brasileiros (os escravos) falando mal de sua própria pátria,
direcionados por revistas e jornais subservientes.
Em 2001, o Brasil quis prestar
solidariedade aos norte-americanos pelos atentados de 11 de setembro. Nossos dois
representantes foram à embaixada em Brasília. Queriam se encontrar com o embaixador. Passaram por
uma humilhante revista e tiveram que tirar os sapatos.
"Limpos", puderam entrar. Foram
recebidos, após uma espera de 40 minutos.
Os dois revistados e humilhados eram nosso Presidente e o Ministro das
Relações Exteriores. Inacreditável. Procurei algum desmentido dessa notícia,
mas não encontrei. Na época, essa submissão aos EUA era chamada de "Diplomacia
dos Sapatos".
Isso foi em 2001. Em 2002, o mesmo
ministro, em MISSÃO OFICIAL nos EUA, teve que passar por revista e tirar os sapatos
em três aeroportos. Já, o ministro
Celso Amorim, em 2003, avisou a embaixadora dos EUA de que não havia força no
mundo capaz de fazê-lo tirar os sapatos durante a revista de segurança dos
aeroportos americanos. "Vou preso, mas não tiro o sapato". Nunca foi
constrangido a isso.
O Brasil estava se pondo de pé. Sua
situação diante do mundo permitiu adotar a Lei da Reciprocidade, em que cidadãos de um país têm o mesmo
tratamento que o cidadão de outro com que tenha relações. Adotou-a com EUA e
Espanha. Os espanhóis maltratavam e humilhavam muitos brasileiros, mesmo que só
de passagem por lá. Seja reciprocidade ou revanchismo, o Brasil se levantou.
Em seu
domínio sobre o Brasil, afora o escândalo Sivam, os EUA tentaram empurrar na
nossa goela a adesão à Alca. Felizmente não deu tempo de cairmos nessa. O
embaixador brasileiro Samuel Guimarães foi exonerado por ter alertado o governo
brasileiro sobre os riscos gravíssimos desse acordo. O
fortalecimento do Mercosul enterrou de vez a Alca, controlada pelos EUA, que,
na verdade, apenas queriam inundar o forte mercado interno brasileiro com seus
produtos, isentos de taxas e tarifas. Disse o Secretário de Estado, Colin
Powell: "O nosso objetivo com a Alca é
garantir para as empresas norte-americanas o controle de um território que vai
do Polo Ártico até a Antártida".
Na época, não só dependente e subordinado ao FMI e Banco
Mundial, o Brasil foi muito obediente à política dos Estados Unidos. Um
exemplo, a Petrobrás perdeu o monopólio em 1995 por decisão governamental.
Estava sendo preparada para ser privatizada, em nome da
"modernização" à moda estadunidense. A petrolífera valia US$15,4
bilhões em 2002. Hoje vale US$104,9. Chegou a ter maior valor em 2011. A
manifestação do desejo de vender a Petrobrás foi amplamente noticiada, à época,
pelo Estadão, Folha, Gazeta Mercantil, o Globo, etc. Junto, o Banco do Brasil. Bom pra quem?
É preciso estar de olhos abertos. Tentam nos manipular, nos
colocar contra nosso País, nos fazer apoiar políticas danosas. Tudo em nome de
Deus.
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