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domingo, 3 de agosto de 2014

ELEITOS POR DEUS!

" Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão."  Mit Romney, candidato a presidente em 2012.
Os EUA adotam e pregam a doutrina do "Destino Manifesto". É um pensamento que expressa a convicção que têm de que eles foram eleitos por Deus para comandar o mundo, civilizar a América. O expansionismo norte-americano é apenas o cumprimento dessa vontade divina. Procuram que os cidadãos de outros países passem a desprezar seus próprios países e adotem o ideal americano de superioridade e progresso.
Eles, superiores, com uma missão divina. Nós, brasileiros, ralé. Uma propaganda estadunidense do século XIX já pregava: "Be strong while having slaves" (Seja forte tendo escravos). No Brasil, eles conseguiram aplicar o Destino Manifesto por muitos anos e essa doutrina ainda existe em parte da nossa população. Vê-se muito desprezo ao nosso país nas redes sociais. Os EUA (os fortes) agradecem as mensagens de brasileiros (os escravos) falando mal de sua própria pátria, direcionados por revistas e jornais subservientes.
Em 2001, o Brasil quis prestar solidariedade aos norte-americanos pelos atentados de 11 de setembro. Nossos dois representantes foram à embaixada em Brasília. Queriam  se encontrar com o embaixador. Passaram por uma humilhante revista e tiveram que tirar os sapatos.
"Limpos", puderam entrar. Foram recebidos, após uma espera de 40 minutos.  Os dois revistados e humilhados eram nosso Presidente e o Ministro das Relações Exteriores. Inacreditável. Procurei algum desmentido dessa notícia, mas não encontrei. Na época, essa submissão aos EUA era chamada de "Diplomacia dos Sapatos".
Isso foi em 2001. Em 2002, o mesmo ministro, em MISSÃO OFICIAL nos EUA, teve que passar por revista e tirar os sapatos em três aeroportos. Já, o ministro Celso Amorim, em 2003, avisou a embaixadora dos EUA de que não havia força no mundo capaz de fazê-lo tirar os sapatos durante a revista de segurança dos aeroportos americanos. "Vou preso, mas não tiro o sapato". Nunca foi constrangido a isso.
O Brasil estava se pondo de pé. Sua situação diante do mundo permitiu adotar a Lei da Reciprocidade, em que cidadãos de um país têm o mesmo tratamento que o cidadão de outro com que tenha relações. Adotou-a com EUA e Espanha. Os espanhóis maltratavam e humilhavam muitos brasileiros, mesmo que só de passagem por lá. Seja reciprocidade ou revanchismo, o Brasil se levantou.
Em seu domínio sobre o Brasil, afora o escândalo Sivam, os EUA tentaram empurrar na nossa goela a adesão à Alca. Felizmente não deu tempo de cairmos nessa. O embaixador brasileiro Samuel Guimarães foi exonerado por ter alertado o governo brasileiro sobre os riscos gravíssimos desse acordo. O fortalecimento do Mercosul enterrou de vez a Alca, controlada pelos EUA, que, na verdade, apenas queriam inundar o forte mercado interno brasileiro com seus produtos, isentos de taxas e tarifas. Disse o Secretário de Estado, Colin Powell: "O nosso objetivo com a Alca é garantir para as empresas norte-americanas o controle de um território que vai do Polo Ártico até a Antártida". 
Na época, não só dependente e subordinado ao FMI e Banco Mundial, o Brasil foi muito obediente à política dos Estados Unidos. Um exemplo, a Petrobrás perdeu o monopólio em 1995 por decisão governamental. Estava sendo preparada para ser privatizada, em nome da "modernização" à moda estadunidense. A petrolífera valia US$15,4 bilhões em 2002. Hoje vale US$104,9. Chegou a ter maior valor em 2011. A manifestação do desejo de vender a Petrobrás foi amplamente noticiada, à época, pelo Estadão, Folha, Gazeta Mercantil, o Globo, etc.  Junto, o Banco do Brasil. Bom pra quem?

É preciso estar de olhos abertos. Tentam nos manipular, nos colocar contra nosso País, nos fazer apoiar políticas danosas. Tudo em nome de Deus.

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