Ditadura! Mudança de
regime! Comunismo!
São as novas ordens
para que os "indignados" e os "críticos" exponham e
postem suas opiniões a respeito da
Política Nacional de Participação Social (PNPS). Opiniões, no caso, tem a
definição da Filosofia de "crença adotada como verdade pelo senso comum sem qualquer reflexão
a respeito de sua validade, de seus pressupostos e dos meios pelos quais foi
obtida".
Esse tipo de crença vem sendo
disseminada há tempos para uso político: a Bolsa Esmola (para desmoralizar o
Bolsa Família), o Mais Médicos como uma invasão de Cuba para transformar o
Brasil em comunismo(!!!), o Marco Civil da Internet (contrário aos interesses
de provedoras),o "imagine na Copa", "a Copa vai ser um
fracasso", "o caos nos aeroportos", "estádios vazios",
"colapso no transporte" e outras asneiras.
A bola da vez é a PNPS.
Grande parte desses
disseminadores não passam das manchetes
quando leem, ou leem a lide (cerca de três linhas). A diretora de redação da
BBC (Londres), Silvia Saleck, em entrevista falando sobre o Brasil, disse:
"Muita gente se informa só pelas manchetes". Na distante Inglaterra,
ela sabe o que acontece aqui.
Os mesmos que
defendem as Parcerias Público-Privadas (PPPs) ficam enfurecidos com a
possibilidade de parceria com organizações sociais.
Os movimentos sociais
de junho do ano passado mostraram, em seu início, a falta de interlocução dos
governos com a população. Depois descambou para a violência,
convenientemente aproveitada pela grande
mídia e por políticos oportunistas. De qualquer forma, trouxeram à luz, também,
a pouca representatividade do Congresso, que, infelizmente, tem, em boa parte
dele, baixo nível moral. A PNPS é uma
resposta a esses movimentos e pretende fortalecer o diálogo com a sociedade
civil, sem controle do Estado. O governo cumpre sua obrigação e regulamenta o
previsto na Constituição.
O usuário, a
população é que vivenciam e sabem dos
problemas que enfrentam como ruas que se tornam lamaçal na chuva, falta de
ônibus, horas se locomovendo para o trabalho,
mau atendimento nos postos de saúde, esgotos a céu aberto. Políticos
procuram símbolos. Tratamento de esgotos e saneamento básico, por exemplo, não
dão visibilidade. O que aparece na
TV são lindas imagens de viadutos
estaiados, inauguração de pontes, suntuosos prédios de órgãos públicos.
No artigo 1º da
Constituição está: "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Que
atentado à democracia existe no "diretamente", na criação de
conselhos? Eles já existem, principalmente com empresários. Mas quando entra o
cidadão comum tudo muda. Bem mais fácil a classe dominante se entender com os
representantes.
Os partidos pregam
que a população participe, apoie, critique, fiscalize. Quando isso vai se
tornar institucional, o discurso muda. E os inocentes úteis são acionados. Seguir essas "tendências
dominantes" sem análise tornam as pessoas escravas.
Quem tem medo da
sociedade civil? Os congressistas que o
têm realmente não nos representam.
Um inocente útil pode
e deve ter a humildade de se perceber como tal e mudar. Propagar mentiras é
condenável.
"A testemunha falsa não ficará impune; e o que profere mentiras não
escapará". (Provérbios 19:5)
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